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VAMOS FALAR DE QUÊ?

Temos passado por momentos difíceis em vários setores: o dólar tem subido, a Saúde vai de mal a pior, a Educação, esta então, nem se fala. Tenho tentado me manter serena, mas é praticamente impossível...
Passei uns dias em Cipó, mas fiquei quietinha, no meu canto. O falecimento de minha avó paterna e mais duas crises de coluna que me obrigaram a me deslocar para os hospitais de Ribeira do Pombal e Nova Soure me deixaram meio fora de combate. O por quê dos meus deslocamentos? Em um desses dias não tinha médico em Cipó e no outro não tinha os medicamentos que eu necessitava.
Fico pensando se numa cidade de quinze mil habitantes ninguém sofre de hérnia de disco, que necessite de profenid, coltrax, tramal, essas coisinhas básicas que aliviam o sofrimento. Já precisei do hospital outras vezes e fui muito bem atendida. Não entendi porque as coisas estavam assim. Os profissionais que lá estavam me trataram muito bem, mas não havia medicamentos, as pessoas já não usavam uniformes, as paredes estão descascando e com umidade. Realmente a situação está caótica. Sem falar nos plantonistas que não chegam em seus horários e deixam o plantão antes do horário previsto.
Mas vamos falar de Educação... A saúde está na UTI mesmo! Enquanto estive por aí ouvi alguns comentários como "não sei porque "eles " continuam em greve. Nós não temos nada a ver com isso". Fiquei um pouco decepcionada, pois a comunidade cipoense parece não estar dando a devida importância à greve. Por favor, vamos acordar!!!!
Sabem quem tem a perder com esse impasse? Os alunos.  São os alunos das escolas municipais que não terão igualdade de condições para competir com os alunos das escolas particulares. São os alunos pobres, que frequentam classes multisseriadas, que dispõem de materiais didáticos precários os maiores prejudicados com essa greve,  que reproduzirão a roda dos que mandam e dos que são mandados. Mas quem se importa com isso, mesmo? Só os idealistas, os sonhadores.
Falta um pouco mais de comprometimento dos pais de alunos com os professores em greve. Diz o ditado que uma andorinha só não faz verão. Se os pais levantarem-se e unirem-se aos professores,  suas vozes engrossarão o coro e o barulho de suas asas impelirá o governo municipal  a negociar.
Onde está o bom-senso? Não se pode ganhar sempre. Às vezes é preciso ceder um pouco tanto de um lado quanto do outro.  Enquanto se discutem as alianças políticas, nossas crianças são privadas de seu mais sagrado direito: o da educação! E só pra não perder a mania de ser ácida, aposto que muitos candidatos a vereador desde as convenções respiraram finalmente em paz: eu não estou na disputa! Não é a minha praia, já disse antes... aliás, minha praia mesmo é Buraquinho, que é bem mais embaixo que os velhos tamarineiros de Cipó.
Beijo grande,
Niclécia Gama
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