Os países doadores darão mais de US$ 16 bilhões ao Afeganistão entre
2012 e 2015 para o desenvolvimento do país e manterão até 2017 uma ajuda
"próxima ao nível" da facilitada na década passada, segundo a
declaração emitida neste domingo (8) ao término da Conferência de Tóquio
sobre o país.
"A segurança no Afeganistão não pode ser medida apenas pela ausência de
guerra", disse a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary
Clinton durante a conferência.
O governo afegão, por sua vez, se comprometeu a fortalecer a
governança, os direitos humanos e o Estado de Direito, assim como
potencializar a luta contra a corrupção e melhorar a gestão financeira.
"O governo afegão cumprirá estes compromissos. Não falamos do que
ocorreu até agora, mas do que ocorrerá no futuro", assegurou em
entrevista coletiva após a conferência o ministro de Exteriores afegão,
Zalmai Rassoul.
A ajuda prometida em Tóquio está em linha com a solicitada pelo Governo
afegão, que tinha solicitado cerca de US$ 4 bilhões por ano em
assistência civil nos próximos anos.
'Declaração de Tóquio'
Após a reunião na capital japonesa, de um dia, os 55 países e 25 organismos internacionais presentes emitiram a "Declaração de Tóquio", que estabelece 'novas bases mais fortes' para uma associação que apoie o crescimento e desenvolvimento afegão na década posterior à retirada das tropas, em 2014.
Após a reunião na capital japonesa, de um dia, os 55 países e 25 organismos internacionais presentes emitiram a "Declaração de Tóquio", que estabelece 'novas bases mais fortes' para uma associação que apoie o crescimento e desenvolvimento afegão na década posterior à retirada das tropas, em 2014.
A este documento uniu-se um segundo, o chamado "Marco de Tóquio de
Responsabilidade Mútua", que detalha os compromissos de ambas as partes -
tanto da comunidade internacional como do Governo de Cabul - para o
desenvolvimento afegão nos próximos anos.
Assim, a ajuda ao desenvolvimento será condicionada ao cumprimento
destas promessas, que por parte afegã incluem a melhora da governança,
da igualdade e dos direitos humanos, da luta contra a corrupção e o
narcotráfico e eleições presidenciais críveis e transparentes em 2014.
A comunidade internacional, por sua vez, se compromete a dar 'passos
concretos' para melhorar a distribuição da ajuda de forma eficiente e
dentro das prioridades de desenvolvimento delineadas por Cabul.
Está previsto que em 2014 se dê seguimento a estas questões em uma conferência ministerial sobre o Afeganistão, que acontecerá no Reino Unido, disse o ministro de Relações Exteriores japonês, Koichiro Gemba.
A Conferência de Tóquio aconteceu apenas dois meses depois da cúpula da Otan
em Chicago (EUA), na qual o organismo se comprometeu a destinar US$ 4,1
bilhões ao Afeganistão após a retirada total das tropas, destinados às
forças locais de segurança.
Ajuda
Doadores internacionais, incluindo cerca de 80 países e instituições, doaram US$ 35 bilhões ao Afeganistão entre 2001 e 2010, mas o retorno a esses investimentos não foram satisfatórios.
Doadores internacionais, incluindo cerca de 80 países e instituições, doaram US$ 35 bilhões ao Afeganistão entre 2001 e 2010, mas o retorno a esses investimentos não foram satisfatórios.
O país continuam entre os cinco mais pobres do mundo. Muitos esforços
vêm sendo feitos em educação infantil e para garantir o acesso a saúde
pública, mas 75% dos 30 milhões de afegãos continuam analfabetos e a
média da população recebe cerca de US$ 350 por ano, de acordo com o
Banco Mundial.
FONTE: G1 / Compartilhar:
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